quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Por estes dias fui abordada por um rapaz, que conheço há anos, numa dessas redes sociais. De súbito, eis que esta pessoa me diz que, desde o tempo do liceu  nutre um sentimento especial por mim e que nunca teve coragem de me dizer nada porque, segundo ele, "não dou bola a ninguém". Tudo isto poderia ser uma conversa normal de pessoas que não se cruzam há anos, se não tivesse sentido nas suas palavras uma tentativa para ver até onde podia chegar...sim, porque se trata de um homem casado e mijar fora do penico parece ser prática recorrente. Fiquei fula e respondi à altura, mas o certo é que isto me fez pensar no que vai por aí. Isto fez-me pensar que a minha condição de solteirice tem as suas vantagens e desvantagens. Por um lado, olho para mim e não consigo compreender porque estou nesta condição. Não me estou a armar, mas bolas, não sou nenhum saco de batatas. Na praia, na rua e nos sitios mais banais observo os casais que passam aparentemente felizes e sinto uma inveja...porque não consigo isto? Que terei eu  de errado? Interessar-me sempre por pessoas complicadas deve ser o meu carma...Mas depois acontecem coisas destas e penso, como estou bem sozinha...desgraçadas daquelas mulheres que dão a sua vida a alguém que não merece o chão que pisa. Que medo disto me acontecer...Nunca conhecemos verdadeiramente quem temos ao nosso lado.

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