Saio do trabalho e acordo para uma realidade que não queria, que simplesmente não escolhi mas que tenho boa parte de responsabilidade. Não entendo tanta coisa. Não me entendo. A mim. Eu que sempre peguei nas rédias da minha vida, agora estou nisto...à espera...inerte...pergunto-me porquê e de quê?
Porque não partes de vez? porque não ficas de vez?
Sei que não tens resposta...sei que nem tu próprio percebes muito bem.
Chegaste com pézinhos de lã, numa noite em que nada nos fazia prever o que depois se veio a desenrolar. Falaste de ti, dos teus fantasmas, dos teus sonhos, do teu gosto por café e por lençois de cetim pretos...recbias os meu devaneios, não questionavas. Aceitavas, interpretavas. Percebemos ali que era tanto o que não queriamos ver. Não era certo, depois de tantas mágoas da vida o receio de outra desilusão assombrava... Uma ansiedade crescente sempre que nos aguardavamos, um estado de demência que nos fez fazer loucuras, muitas...tantas...noites atrás de noites...pensámos parar, não podiamos continuar num estado quase sôfrego de nos possuirmos...num estado que nos fazia roçar o delirio...chegámos a tocar-lhe mesmo, andámos lá e assustámo-nos...mas não parámos..."queres parar?" perguntavamos...como? Tarde de mais. Nem agora consigo travar...com todos os males que esta situação nos provoca...não consigo...porque não me ajudas?
Achei o teu texto dramático.
ResponderEliminarJá te ajudaste, entretanto?
Espero bem que sim...
Beijos.